sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Des-construir o poema
Lembro-me dos dias em que as horas se despiam para nós… nuas de todos os preconceitos.
E perdidos nesse tempo voraz, em que os ponteiros ensinavam o nosso amor a despontar, des-construíamos o poema.
Rias-te por cada palavra roubada, como fruta na berma da estrada, e trazias o seu sumo até ao recorte dos meus lábios.
Embrulhavas as rimas no teu aroma e deixavas escorrer um gota no arrepio do meu prazer.
Gritava de amor
…o nosso corpo!
Silêncio de paixão
…o poema!
Vestia os trajes do desejo
…o nosso corpo!
Despia os trajes da ansiedade
…o poema!
Poesia desperta nos poros da madrugada… em nós suor adocicado com misteriosos aromas do Oriente!
Voltei finalmente e quero deixar um beijo de agradecimento a todos os que foram passando por aqui na minha ausência. Aos poucos espero por as minhas visitas em dia.
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