domingo, 28 de novembro de 2010


















no profano desejo de quebrar o sagrado.
risco tracejado no negro carvão em que desenho a tua ausência.
irreal a luz desta vela. nem parte de mim nem pedaço da minha sombra.
serei apenas este espaço sem forma?
se eu pudesse ser o azul do teu regaço.
o aconchego do teu braço.
o afastar dos meus medos.
perder-me na esfera ambígua deste amanhecer envergonhado.
sopro a vela. apagados temores.
olho-me em nós. na surpresa deste acontecer.
...ainda húmidos os lençóis de saudade...

domingo, 27 de junho de 2010











desassossego
sibilante esta palavra que me rouba o sossego.
de braço dado com a ansiedade. onde pára a calma de outrora?
língua de fora. provocação!
hoje é dia. o dia!
espera a rua passos audazes. os meus. retidos num canto em conformismo.
desassosego-me.
polvilho de pimenta de Caiena. pó picante. audácia desperta.
especiarias soltas no vento.
revogada a perpétua pena. pena de morte à escravidão.
insensatez?
quiça.
quando im-possíveis se transformam num rio de chocolate.
prova-me.
em desassossegada fome.

ausente... mas não esquecida. regressei com as saudades amarradas em mim.
aos poucos vou re-descobrindo os caminhas até aos vossos espaços. obrigada, principalmente a todos os que estiveram presentes com palavras amáveis...
beijos em desalinho