quinta-feira, 27 de março de 2008

Se...


A Cleo, do blog http://paginas-da-nossa-vida.blogspot.com/ passou-me um desafio bastante interessante. As respostas aqui vão, peço desculpa pelo atraso, mas esta semana tem sido complicada

- Se eu fosse um mês seria… Novembro, porque nasci

- Se eu fosse um dia da semana seria… sábado, porque gosto

- Se eu fosse um número seria… 22, diz-se que “gostos não se discutem”

- Se eu fosse uma flor seria… orquídea pela variedade, cores e formas que oferece

- Se eu fosse uma direcção seria… ainda ando à procura

- Se eu fosse um móvel seria… cama, pela diversidade de usos que proporciona

- Se eu fosse um líquido seria… água, não vivo sem ela


- Se eu fosse um pecado seria… luxúria, talvez porque digam que este é a “porta” que leva aos outros pecados!

- Se eu fosse uma pedra seria… diamante, acho que a Marilyn Monroe tinha razão quando dizia: “Diamonds are a girl's best friend” eheheheh!

- Se eu fosse um metal seria… prata, porque brilha

- Se eu fosse uma árvore seria… embondeiro (um monumento com vida)

- Se eu fosse uma fruta seria… manga (madura, sem fios, doce e com o sumo a escorrer por entre os lábios)

- Se eu fosse um clima seria… quente, quente, quente

- Se eu fosse um instrumento musical seria… violino (corpo de mulher a ser tocado)

- Se eu fosse um elemento seria… fogo!!!

- Se eu fosse uma cor seria… vermelho

- Se eu fosse um animal seria… pantera negra (a sedução do olhar)

- Se eu fosse um som seria… o mar em tarde de Inverno

- Se eu fosse uma canção seria… Cavalo à Solta, porque a letra me faz sonhar, porque é cheia de antagonismos, porque é bela, porque é Ary

- Se eu fosse um perfume seria… Chance da Channel

- Se eu fosse um sentimento seria… paixão

- Se eu fosse uma comida seria… peixe grelhado

- Se eu fosse uma palavra seria... MULHER

- Se eu fosse um verbo seria… voar

- Se eu fosse um objecto seria… papel em branco

- Se eu fosse uma peça de roupa seria… lingerie

- Se eu fosse uma parte do corpo seria… aquilo que Shakespeare
disse: “O meu corpo é um jardim, a minha vontade o seu jardineiro”

- Se eu fosse uma expressão seria: sonhadora

- Se eu fosse um desenho animado seria… Betty Boop

- Se eu fosse um filme seria… hoje “Chocolate”, com Juliette Binoche e Johnny Depp, amanhã provavelmente “As Horas”, principalmente pelo livro depois de amanhã “La vita è bella”, de Roberto Benigni e depois é melhor ficar por aqui…

- Se eu fosse uma forma seria... curva e contra-curva

- Se eu fosse uma estação seria… Verão

- Se eu fosse uma frase seria… “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”, como eu gosto de Óscar Wilde

Agora vem a parte de passagem dos seis testemunhos, espero que se divirtam tanto como eu, a responder a estas questões:

-O renascer da Fénix, http://espiritosolido.blogspot.com/
-Maria P., http://casademaio.blogspot.com/
-Lua de sol, http://asaspavoar.blogs.sapo.pt/
-Vi, http://vileardi.blogspot.com/
-Meg, http://arecalcitrante.blogspot.com/
-Rocket, http://rocket-slavetotherhythm.blogspot.com/

segunda-feira, 24 de março de 2008

Em forma de sonho




Penso em ti quando as nuvens
Se tornam a almofada dos meus sonhos
Desenho-te com as formas
Que povoam a minha imaginação.
És a fonte fresca que sacia a minha sede
A montanha mágica em que me perco
Estrela da noite em dia de sorte
Quarto crescente do meu amor
Lua abençoada no meu céu.

…e sem as interrogações dos sentidos
Corro livre entre a areia molhada
Chuva salgada que desvenda
Toda a nudez que te desperta!

terça-feira, 18 de março de 2008

Pequenas doses


-Tenho que te consumir em pequenas doses!
O olhar encolheu num espanto dorido!
-Em doses bem reduzidas!
Insistia na ideia como se falasse consigo próprio e como se ela não estivesse lá.
-E isso é bom ou mau?
O sorriso maroto, como de um garoto que tinha acabado de fazer uma traquinice abriu-se totalmente. O verde do olhar percorreu todo o corpo que aconchegou entre os braços morenos e sussurrou num arrepio inebriante ao ouvido feminino:
-És como o chocolate, deves ser saboreada em pequenos quadrados, senão tornas-te viciante!
-Continuo sem saber se isso é bom ou mau!
-Quando estás comigo é o paraíso, quando te afastas sinto falta das tuas mãos, do teu riso contagiante, do fogo dos teus lábios na minha pele e principalmente da tua voz em surdina…
- Addicted to me…interessante!
-Assustador…
E deixou a mão escorregar lentamente pelo rego das costas até a conseguir transportar até si.



Vou estar ausente durante o resto da semana, por isso deixo-vos um texto doce, mas light para compensar os abusos da Páscoa.
As respostas aos comentários ficarão assim um bocado atrasadas, mas prometo compensar-vos quando regressar.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Sensual sedução


Às vezes pergunto-me se são uma e a mesma coisa, de tal forma se emaranham no meu pensamento e no meu sentir. Mas acho que não são, claro que a fronteira entre elas é ténue, esbatida e de difícil demarcação.
Nestes casos as simples definições dos dicionários não são de grande ajuda, até porque há sentires e pensamentos que nenhum dicionário conhece.
Quando penso em sensualidade penso no verbo conjugado na primeira pessoa do singular…não que negue aos outros o direito de serem sensuais, nada disso, apenas porque a sensualidade apresenta-se como algo intrínseco, uma raiz que nasce e cresce dentro de mim. É uma descoberta diária que surge com um olhar, com um toque, com uma palavra secreta. Acredito que ela exista desde sempre em mim, mas sei que nem sempre a conheci com estes contornos e sei também que amanhã ela vestirá uma nova pele para me surpreender.
A sedução partindo de uma conjugação na primeira pessoa, rapidamente se transforma numa conjugação na segunda pessoa. A sedução é quase sempre destinada a alguém…claro que o querer e o desejo são nossos, mas o destinatário é outrem. Melhor ou pior todos conhecemos técnicas que nos permitem partir para um momento de sedução com algum charme, que ajudam a que um desejo singular se torne plural. Claro que a sedução é mais controlável que a sensualidade. Esta emana naturalmente (embora possa ser trabalhada) a sedução, embora deva ser ténue e discreta é geralmente provocada e dirigida.
Isto, no entanto faz emergir algumas dúvidas.
Até que ponto é que as “armas” da sensualidade se podem confundir com as técnicas de sedução. Será que ao sermos sensuais estamos a seduzir ou é possível separar uma coisa da outra?
Ou seja se sorrio com os olhos colocados estrategicamente em alguém e contorno os lábios secos com a língua molhada estou a ser sensual ou a seduzir?
Uma pessoa poderá ser sensual sem o saber?
Há diferenças entre a sensualidade e a sedução feitas no masculino e no feminino?
A maior parte de nós prefere ser seduzida ou seduzir?


Hoje apetece-me ouvir a vossa opinião…
Entretanto, bom fim-de-semana

terça-feira, 11 de março de 2008

Marcas de desejo


Pelo retrovisor apenas se viam os saltos altos, bem altos, pintados de negro e prata…e o princípio de umas pernas morenas, esguias e convidativas.
O olhar prendeu-se nesse quadro que se movia deixando marcas de desejo no passeio esburacado, que conduzia à areia ardente, preguiçosamente estendida até ao mar. Um aroma a Primavera misturado com uma brisa quente de noite de Verão inundou os sentidos despertando as garras da conquista.
Suores frios inundavam o corpo deixando a roupa bem colada à pele, aguçavam o apetite lembrando morangos silvestres a escorrerem prazer entre os lábios de vermelho rubro.
Parou a noite no seu início, embalou a música ao ritmo da paixão, olhar perdido em jeito de cobiça capturou um leve tremor na camisa transparente onde os seios entumecidos e rígidos se erguiam a um ritmo alucinante.
Aceleraram os passos em ritmo de perseguição, mãos estendidas para capturar aquele breve momento, em forma de corpo de mulher sedutora.
Ao toque suave no ombro rectilíneo a resposta chegou numa carícia indelével. Passos em sintonia num trilho percorrido a dois.
Um recanto oculto construído na grandeza das dunas. Cama de areia dourada, onde as promessas ganham forma de desejo realizado. Segredos escondidos na comunicação de dois corpos desconhecidos.
A provocação atingiu o alvo.
Entreabriu os olhos, polvilhou, levemente, o seu peito, sentindo-o a arfar incessantemente. Espasmos longos percorriam-no enquanto desenhava uma estrada de areia que a conduzia ao seu sexo. Sentiu-o palpitar entre a maciez dos seus dedos e os ásperos grãos com que o adornou. Gemidos roucos abafaram a melodia das ondas a banhar os pés descalços, ampliados dentro da sua boca num convite expresso.
Rolaram os corpos, abandonaram a terra e refrescaram no mar esse entusiasmo louco e sem fronteiras que os tinha conquistado.
Era rasgado o sorriso que se desenhou na face que levantou para sacudir os longos e húmidos cabelos que a cobriam.

E viu-o!
Sem convite, sem pudor, sem jogos… apenas um homem. Perdido na noite em desconcertante invasão.
Sabia-o longe, mas recomeçou nele a sua investida, saboreando as faíscas de paixão que se soltavam desses outros olhos vagabundos. Cobiçou o fogo que se acendia a escassos metros e cujas chamas devoravam o seu querer. Imprevisível este chegada, impossível de conter este brilho felino que atravessava a noite e dançava só para ela, bem dentro de si.
Fez-se abstracto este querer, navegou para oceanos longínquos.
Deitada na frescura que se aproximava tornou-se sombra da noite, enquanto do outro lado dos sentidos, emoções-fantasma vagueavam num espaço de rendição.

Cansada, avançou por entre as rochas que conquistaram a praia, apagando vestígios que a tornassem presente ou palpável e seguiu saciada de um desejo sem nome!

sexta-feira, 7 de março de 2008

Ser MULHER




É sentir o calor da chama
Sem vontade de apagar.
É deixar transbordar do seu leito
O rio espesso do prazer.
É olhar e ver para lá
Do que as mãos conseguem acariciar.
É respirar o suor que exala
Das emoções a renascer.
É ser pele, sonho
Riso e lágrimas
Amante, amiga
Casulo de onde nasce a vida.
Na malícia que se desenha no ar
É ser apenas MULHER
É gostar, é explodir
É querer, é amar, é viver!


Nascer mulher é um acaso da vida… o resto vem depois, aqueles momentos que nos tornam mulheres e que fazem a verdadeira diferença, momentos esses que se somam dia após dia…isto para dizer que gosto imenso de ser MULHER todos os dias.
Um bom fim de semana!

terça-feira, 4 de março de 2008

A voz do silêncio


No infinito dos pensamentos
Que não comando.
Na estrada da razão
Que não controlo.
No querer enganado
Que não vislumbro.
No EU que se esconde
Da miragem que transparece.
Na vida que palpita
Oprimida pela voz rouca.
Na emoção que alimento
De sonhos por moldar.
No espelho deste lago
Em que navego solitária.
Busco a margem longínqua
Que me inunda de silêncio!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Insignificâncias


A Cleo do http://paginas-da-nossa-vida.blogspot.com/ convidou-me a falar de seis Insignificâncias sobre mim… interessante o desafio, mas bem difícil de concretizar, pois quando comecei a pensar nesses factos insignificantes o número 6 pareceu-me escasso para tantas insignificâncias.
Mas lá vão algumas delas com um pedido de desculpa pela demora na resposta:

- LER, ler, ler…a maior das minhas insignificâncias. Leio tudo e em qualquer lugar (tanto quanto me lembro só houve um livro que não consegui concluir a leitura)

- Dificuldade em dizer NÃO às pessoas de quem gosto…mas estou a aprender, apesar de não ser uma tarefa fácil

- Andar descalça na areia molhada da praia ao nascer e ao por do sol

- Unhas pintadas…adoro as cores e a versatilidade que elas permitem (pronto, pequenas doses de vaidade não fazem mal a ninguém)

- Perco-me na observação de pequenos gestos ou de coisas insignificantes, o que faz com que as pessoas que estão comigo se passem completamente, ou porque fico parada a olhar ou porque, se levo uma máquina fotográfica, disparo em todas as direcções

- As nossas “Ladies night” onde, ao contrário do que acontece na Turma da Mónica, aqui “é menino que não entra” e onde todas as loucuras saudáveis são permitidas

E agora o que é que eu faço às outras insignificâncias de que entretanto me fui lembrando?
Vou guardá-las no baú da memória e passar a pasta a todos os que quiserem falar-me das suas insignificâncias.