quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Férias...



Durante os próximos 15 dias vou estar ausente deste espaço, a gozar umas mais do que merecidas férias! Para quem já aproveitou as suas um bom regresso para quem as vai gozar que se divirta e aproveite ao máximo esse tempo de lazer!
Pela minha parte a chegada das férias lembrou-me que vou aproveitar estes “Desalinhos” para falar de uma outra coisa que me dá imenso prazer, para além da escrita e da fotografia… viagens!
Para começar deixo-vos aqui um post sobre um sítio especial… o Porto!

Tem origem num povoado pré-romano. Na época romana designava-se Portus Cale, sendo a origem do nome de Portugal. No ano de 868, Vímara Peres, fundador da terra portucalense, teve uma importante contribuição na conquista do território aos Mouros, restaurando assim a cidade de Portucale. Desde então marcou sempre presença nos grandes momentos da história de Portugal.

Como pontos turísticos, destacam-se a Torre dos Clérigos, a Igreja de S. Francisco, o Palácio de Cristal e os seus jardins, vários museus com destaque para a Fundação de Serralves, Museu Soares dos Reis, o Museu do Vinho do Porto, Museu da Indústria, Museu de História Natural, Museu do Papel Moeda, Museu de Arte Sacra, Museu da Misericórdia, Museu Nacional da Imprensa, o Museu de Transportes e Comunicações, Centro Português de Fotografia, Museu Romântico da Quinta da Macieirinha, Museu Militar do Porto, entre outras ofertas.
No âmbito dos espectáculos há verdadeiras referências na Invicta como a Casa da Música, O Teatro Rivoli, o Teatro Nacional São João, o Teatro Sá da Bandeira, o Coliseu do Porto e o Cine-Teatro Batalha, recentemente recuperado!

E se o Porto é uma boa aposta por todos estes motivos, a gastronomia só fará aumentar a vontade de passar e passear pela Invicta. Restaurantes não faltam e em muitos a qualidade é uma certeza. Claro que em termos de pratos típicos as Tripas à Moda do Porto, o Bacalhau à Gomes de Sá e as famosas Francesinhas são petiscos a provar… mas, a par disso, convém não esquecer que o mar está ali mesmo ao lado e que o peixe é uma delícia gastronómica. Dos vinhos que o Norte oferece a diversidade é variada com o Douro a destacar-se pela qualidade, nomeadamente do tão conhecido “Vinho do Porto”.
De restaurantes não faltam ofertas para todos os gostos…a título de exemplo deixo meia dúzia de exemplos que podem fazer a delícia dos apreciadores de boa comida e que permitem conhecer também um pouco dos arredores da Invicta.
A Cozinha do Manel (Porto), Barão de Fladgate (Caves Taylor's em Gaia), Portucale (caro, mas com uma qualidade acima da média), Tromba Rija e a Presuntaria Transmontana (ambos no cais de Gaia), A Cozinha do Português (Gaia), Mar à Vista (Gaia), D. Tonho (Ribeira do Porto), Bull & Bear (Porto), Horta dos Reis (Gaia com o Douro como pano de fundo), Cafeína, Degusto (conceito muito interessante principalmente para os que gostam de aliar a comida ao vinho), Fernando (Matosinhos), Casa Serrão (Matosinhos), Mariazinha (Matosinhos), Capa Negra e Galiza (cervejarias no Porto), Brasileirão (comida brasileira em Leça), Mineirão (comida brasileira no Cais de Gaia), All-Arrabbiata (comida italiana em Leça), Pizzaria Trattoria Romana (comida italiana na Circunvalação), Varanda da Barra (comida italiana no Porto) e Máscara (fondue)…..acho melhor parar por aqui, até porque muito do que é bom que se come no Porto é em tasquinhas e em adegas, que vale a pena conhecer!
Depois de comer não faltam espaços, onde a diversão é garantida.

Para além de tudo isto não nos podemos esquecer que a separá-la de Gaia temos o rio Douro e todas as pontes que unem as duas cidades. O Centro Histórico é Património da Humanidade, classificado pela UNESCO. A zona da Ribeira com os seus restaurantes e a rusticidade da sua paisagem permite ainda o embarque em barcos que dão uma outra panorâmica da cidade. A Foz é outra zona altamente turística, por muitos considerada a mais bela zona da cidade, onde se pode desfrutar da beleza do Oceano Atlântico conjugada com um belíssimo passeio marítimo.



Rosto com história

Cidade feita de dor e ilusão
Revestida de mágoa e cansaço
Palco de conquistas várias
Amada, esquecida, relembrada!
No seu ventre a glória
No seu rosto a história!
Mil vezes cantada
Em vozes de saudade.
Pregões esquecidos no tempo
Renascidos na raiz da memória
Vozes de mulher traída,
Emoções de amante desperta…
Pedras com vida que se erguem
Nas asas de uma gaivota a esvoaçar!
Rio de lágrimas salgadas derramadas
Num néctar embriagante
Que desagua num mar de sensações!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Passos de solidão


Falaram-me de solidão na quietude dos dias cansados...enruguei o canto dos olhos, como que procurando na minha mente o compartimento onde tinha guardado o significado de tal palavra!
Há muito tempo atrás, num tempo feito de esperanças sorridentes, de conversas onde as palavras fluíam como raios de sol desenhados nos corpos ardentes, a recusa da solidão era uma constante.
Num burburinho de emoções que se sucediam entre o dia e a noite… o medo de estar só era permanentemente abafado!
Mudou o tempo e com ele os quereres e os seres...dos Outros ficaram dois ou três, dos Outros fiquei eu...e sem medo encontrei-me num espaço que desconhecia existir em mim...sítio de silêncios e monólogos...de nadas que não assustam porque se preenchem com pedaços de vida feita!
Fez-se a solidão de momentos únicos, de palavras caladas, de desejos sem corpo...uma solidão que não fere porque desejada... milimetricamente escolhida para alimento desse dia!
Hoje foi a solidão que vestiu o meu corpo com os trajes que escolheu...amanhã talvez me pregue uma partida e arrombe a porta de entrada...sem ser convidada!
Porque gémeas na aparência são tão diferentes na essência.
E, se para uma os passos deslizam na suave certeza de ser desejada, para a outra pesam os passos...da solidão!
Nota: se puderem passem pelo blog da Vi http://novitazinha.blogspot.com/ e vejam o belo trabalho que ela fez com um texto meu (obrigada amiga)!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Em busca de não-sentimentos


Sentei-me à espera que Alice regressasse…
Mais uma vez tinha partido para o seu mundo. O olhar ausente durante a manhã indicava mudança. O café frio, na chávena perdida entre os dedos trémulos, deixava adivinhar mais uma ausência. Afastou-se, como sempre, num silêncio cúmplice dos seus próprios desejos, em busca de não-sentimentos que a deixassem transparente de emoções.
Numa encruzilhada de caminhos, onde os espelhos confundem imagens dos dois mundos entrega-se a uma dormente letargia, onde sonhos e palavras mudas, se entrelaçam.
Não mais o sorriso constante oferecido aos outros, apenas um corpo a divagar. Há momentos de dor que a realidade não consegue ultrapassar, espaços-prisão que urge quebrar numa viagem ao País dos Sonhos!