domingo, 28 de novembro de 2010


















no profano desejo de quebrar o sagrado.
risco tracejado no negro carvão em que desenho a tua ausência.
irreal a luz desta vela. nem parte de mim nem pedaço da minha sombra.
serei apenas este espaço sem forma?
se eu pudesse ser o azul do teu regaço.
o aconchego do teu braço.
o afastar dos meus medos.
perder-me na esfera ambígua deste amanhecer envergonhado.
sopro a vela. apagados temores.
olho-me em nós. na surpresa deste acontecer.
...ainda húmidos os lençóis de saudade...