segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

FESTAS FELIZES


Feliz Natal
Tocou-lhe levemente no peito e deixou a mão arrastar-se até um pouco abaixo do umbigo…parou pôs-se em bicos de pés e murmurou-lhe ao ouvido:
-Descobre-me, deixei vestígios que te vão ajudar…
Estremeceu com a sua voz rouca e convidativa e com o leve arrastar da língua pelo lóbulo da sua orelha.
Sentia que ela o provocava em períodos intercalados.
Naquele dia, quando a viu entrar como um clarão de fogo na porta do seu escritório sentiu-se arrebatar pelo vermelho-paixão que a envolvia.
Dormente…pela volúpia do seu sorriso maroto deixou-se conduzir pelo mundo de sensações inebriantes que se sucediam.
Como um presente que se adivinha, mas que se deseja ver, sentir, inalar…degustar foi soltando as fitas coloridas e o papel de embrulho que envolvia o envólucro que ela lhe apresentava!
Espera…surpresa…desejo! Momento ansiado…prazer vivido!
Deixando escorregar o tentador vestido natalício pela pele ardente sussurrou-lhe:
-Vim apenas desejar-te um Feliz Natal!


* Como vou estar ausente durante alguns dias…aproveito para desejar a todos um FELIZ NATAL e um óptimo ANO NOVO…acima de tudo que as expectativas de cada um não sejam defraudadas

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O mar é fêmea



Sabe-se que o mar é fêmea!
Alberga mistérios no seu ventre,
Solta desejos em ondas de prazer
Gritos libertinos dispersos em espuma.

Inquietude permanente nos abraços suados!
Perfeição de formas em alteração constante,
Revolta passiva em batalhas constantes
Ambiguidade no ser e no estar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Arte no teu corpo



Queria ter pincéis na ponta dos dedos
Barrar-te com as cores de Primavera
Sorver gulosa o suor da tua pele!

Queria aprisionar no coração da tela
O sorriso cansado do teu sexo
A bailar no meu olhar!

Queria ser tinta húmida
A escorrer dentro de ti,
Como as ondas da maré!

Queria tatuar nos teus sonhos
Longos arrepios de prazer…
Todos os ecos de momentos passados!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Hoje o dia não é meu


Hoje o dia não é meu
Fugiu, ao despertar
Para o espaço entreaberto
Dos teus dedos!

Quisera esquecer as rosas
Com que adornaste
Os fios do meu cabelo
Emaranhados nas tuas mãos!

Apagar o sabor das amoras...
Espesso e doce sumo rubro
Beijo-convite
Dos teus lábios rebeldes!

Hoje o dia não é meu
Mergulhou nas palavras
Perdidas nos teus olhos
Que repousam no verde-mar!