domingo, 28 de novembro de 2010


















no profano desejo de quebrar o sagrado.
risco tracejado no negro carvão em que desenho a tua ausência.
irreal a luz desta vela. nem parte de mim nem pedaço da minha sombra.
serei apenas este espaço sem forma?
se eu pudesse ser o azul do teu regaço.
o aconchego do teu braço.
o afastar dos meus medos.
perder-me na esfera ambígua deste amanhecer envergonhado.
sopro a vela. apagados temores.
olho-me em nós. na surpresa deste acontecer.
...ainda húmidos os lençóis de saudade...

62 comentários:

vieira calado disse...

Achei muito belo o seu poema!

Boa semana!

Bjs

Eli disse...

Às vezes, um sonho acordado é tudo e nada!

:)

Carlos D disse...

quando se escreve com a alma encontramos poemas como este que nos querer ler e reler e voltar a ler.

Marta Vinhais disse...

Que não fique apenas o desejo..
Que se desenrole a paixão e se una num só vida....
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Daniel Costa disse...

Carla

O teu poema é maravilhoso e profundo. Passei aqui por um agradável momento de poesia.
Tem piada: há cerca de três anos, creio que te comentei. TRAÇOS E LINHAS, ficou na memória, apesar de à época estar a reaprender a escrever.
Volta sempre, serás bem vinda.
Beijos

wind disse...

Muito bonito!
Beijos

Filoxera disse...

Que sejas bem reaparecida!
Gostei do teu comentário no EQ, e deste teu post. Especialmente d'"a surpresa destes acontecer"- a vida reserva-nos muitas surpresas.
Há que tirar proveito das boas, não valorizando as outras.
Beijos.

Nilson Barcelli disse...

"risco tracejado no negro carvão em que desenho a tua ausência."
Os piores sítios para sentir a ausência são os "lençóis da saudade"... na "surpresa deste acontecer"... ainda que, de repente, haja "lençóis em desalinho"*...
Carla, querida amiga, gostei imenso do teu poema. É excelente, parabéns.
Um beijo.

*
"Durámos
Até o sol nascer
De rios bravos a lagos
Fomos água, pão e vinho
Pintámos um mar de rosas
Nos lençóis em desalinho."

Carla disse...

E assim, riscando ausências, corremos o risco de nos ausentar de nós mesmos... mas, às vezes isso é bom, na medida certa.

Lindo texto, como sempre! E o novo layout do blog ficou ótimo.


Bjos

Desnuda disse...

Carla,

que alegria! O blog está lindo e o poema divino! Estava mesmo saudosa de ler os seus poemas feitos com arte e beleza. Obrigada.


Carinhoso beijo, amiga.

Anónimo disse...

Muito belo poema gata, voce tem um jeito gostoso de escrever que se torna muito agradavel de se ler

Vida F. disse...

Oi,
Sou alguém que conheceu o inferno das drogas, que fez alicerce e morada nesse lugar. Sofri todos os horrores, ou boa parte deles e hoje me encontro limpa, sem drogas, mas consciente que tenho uma doença, sem cura, progressiva e fatal. Não tenho um intuito específico escrevendo isso, não estou procurando criticas, conselhos ou julgamentos, sou conhecedora da causa que escrevo, não há teoria. Sou apenas mais uma com vontade de colocar pra fora todos os bichos da minha história.
Obrigada

Meg disse...

Vim à tua procura e fui bem sucedida...
Regressaste por fim e com um poema que dispensa comentários.
Porque se sentena alma.

Beijinho para ti

São disse...

Que poema bonito!

Um abraço grande, linda

gaivota disse...

mias um lindo poema, carla!
um sonho que se sente e qas surpresas do acontecer...
beijinhos

Laura Ferreira disse...

Bem regressada!

Anónimo disse...

a saudade deixa assim marcas...

bjos

Manuel Veiga disse...

bela essa humanidade profana.

gostei muito.
beijos

Pensador disse...

Ah, a saudade...

Uma pena que o sentimento que nos inspira as mais belas palavras seja tão doloroso...

Beijo!

gota de vidro disse...

A saudade deixa sempre rastos indeléveis que apertam o coração.

Gostei imenso.

Bom fim de semana e obrigada pela visita

bjito da gota

tecas disse...

Lindo, lindo este teu poema querida Carla. Além da sensualidade, solta-se em cada palavra a alma da poesia.
Parabens querida.
Um bjito e bom fim de semana.

xistosa, josé torres disse...

Tenho andado um pouco fugido, mas a saúde até dá para vender (rsrsrs) (ou emprestar)e talvez seja o viço que destrói o quotidiano e me torna madraço, "nem parte de mim nem pedaço da minha sombra"
Talvez tenha soprado o fogo (da vela) e apagado temores.
Ou talvez afastado ardentes amores.
Depende do lado da "chama" em que nos encontramos.
Um belo momento como é apanágio desta "casa".
Um bom fim de semana.

Justine disse...

A dor da ausência, persisitente, presente, por vezes doce...

A.S. disse...

Carla,


Os teus textos
são talhados com o fogo
tal como as plantas florescem
com o calor do sol.
Mas há palavras como rios
que desaguam na nascente!
Eu, limito-me a guardar um suspiro
do escultor de tão deliciosas palavras...


Beijos!
AL

:.tossan® disse...

É muito lindo o poema! Não é só técnica é alma também. Beijo

João Norte disse...

Um belo recomeço.

segredo disse...

A saudade k nos consome... nao poderemos ser nós o k desejamos???

Beijinho de lua*.*

O Árabe disse...

Belo poema, Carla! É realmente uma alegria ver-te de volta! :) Boa semana.

Fritiane Totallytchoisted disse...

uau gata voce realmente é muito boa no que faz amei
voce ta sumidinha hein
nunca mais apareceu no meu blog... snif snif
rsrrs
sucesso
ate mais!

Fritiane Totallytchoisted disse...

ah e a proposito seu blog está lindo como conseguiu fazer isso? colocar sua foto como tela de fundo???
ate

Eu sei que vou te amar disse...

A nostalgia neste sentir humido e doce que desperta o amanhecer!
Beijo doce

Meg disse...

Voltei para... tu sabes.
E relendo o teu poema, aperta-se- me o coração, de outras ausências também.
Todo o carinho num beijo
da Meg (myself)

Lmatta disse...

lindo poema parabens
beijos

Um brasileiro disse...

oi moça. tudo blz? estive por aqui. muito legal. gostei. apareça por lá. abraços.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

um regresso com um poema muito belo, aliás como sempre!

beij

O Profeta disse...

...Quem sou
Nunca me encontrei na letra de uma canção
Nunca toquei duas notas seguidas em harmonia
Mas perdi-me às vezes na ilusão

Reencontrei-me com o amor
Amargura mora sempre com a razão
Um mágico nem sempre acerta
No seu golpe de mão

Mas fiz mil tentativas nesta viola
Nenhuma nota bateu-me certa
Sou um triste e patético tocador
Desta...Melodia Incompleta...

Doce beijo

Iana disse...

Amiga linda...

A Saudade bateu forte e hoje tirei o dia para rever e estar com amigos que amo demais...

Beijos doces cheios de carinho

Rosa amiga
Iana!!!

Luna disse...

A ausência envergonha qualquer amanhecer. Por isso, sempre qua a noite cai, as memórias exaltam emoções.
Belo texto.

vieira calado disse...

Olá, boa noite!

Hoje venho simplesmente desejar

Feliz Natal

para si e todos os seus!

Saudações natalícias!

Táxi Pluvioso disse...

Que o carvão seja branco nesta quadra.

Venho desejar Bom Natal

Anónimo disse...

denso e vivido. palavars que escorrem suaves. poesia! beijo, Carla.

Nilson Barcelli disse...

Carla, querida amiga, desejo-te um Natal muito feliz, na companhia dos que mais amas.
Beijos.

Heduardo Kiesse disse...

UM BEIJO NATALÍCIO!


...nunca me esqueço, apesar da ausência que fazemos...

jo ra tone disse...

Feliz Natal, Boas Festas
Simples como há dois mil e tal anos

Beijinho

Meg disse...

Carla,


Hoje só venho desejar-te um Natal Feliz,
com paz, alegria e muita saúde!
Um beijo da
Meg

http://recalcitrante-meg.blogspot.com

lua prateada disse...

Belo...? Belíssimo !
Passando apenas para te desejar um Maravilhoso Ano Novo e dizer-te que....quero que chegue até ti, a brisa amiga da felicidade junto da caridade, quero que
as luzes deste Novo Ano, iluminem teus sonhos e que a alegria desse dia possa ser compartilhada com as pessoas que fazem
parte de tua vida.

Um grande beijinho e Feliz Ano Novo.

SOL

A. disse...

Forte, profundo e muita Saudade!... Talvez um pouco de inconformação e uma revolta que não se resigna!... No entanto, a Vida... é uma brisa leve, fresca que deve ser usufruida com todo o prazer que há no mundo!


Abraço

Fernando Oliveira disse...

um poema bem elaborado e muito sentimentalista!

beijo

pin gente disse...

feliz pelo regresso ao desalinho das palavras

beijos

tecas disse...

Querida Carla, quando regressas ao « desalinho»? Tenho passado por cá mas...estás ausente:)
Fecho nos 50?:)
Bjito amigo

Laura Ferreira disse...

Belas palavras, Carla.

Mailson Furtado disse...

BElo post!!!

Belo blog...

Gostei muito, PArabéns...

Virei aqui mais vezes...

Convido vc a conhecer meu trabalho (poesia, teatro, música)

FIcaria muito feliz... http://mailsonfurtado.com

JOY disse...

Olá Carla,

Passei para te ler e cumprimentar.

Beijinho e fica bem
Joy

Aníbal Duarte Raposo disse...

Carla,
Lindo este seu poema. Voltarei.
Beijo

A. disse...

Porra, Mulher!... Isto não é um Poema, apenas; é uma Mulher feita de poesia, uma Poesia feita de Mulher... sem medo!!!!!!!... Felizardo aqule que a "recitar"!...
Uma evolução agradável em sua poesia!... Continue!




Abraço

A.S. disse...

Também é uma luz de vela
que me guia,
ardendo num corpo
que a arder acabará só,
como sombra negra e fria!
Os dias agora
estão surdos ao rumor da luz,
vivem na insensatez...
já não se sente a clara limpidez
que nos leva ao deleite,
que desnude a luz de uma só vez!


Beijos meus,
AL

Unknown disse...

Lindo o seu poema. Há muito que não a lia. Obrigado.

Cristina Fernandes disse...

Descobri-te por aqui... entre palavras em desalinho.
Bjs
Chris

Lmatta disse...

Lindo poema como sempre
beijos

Nilson Barcelli disse...

Querida amiga Carla, volta...!!!
Estás perdoada... rsrsr...
Beijo.

Lyra disse...

"Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos. Enquanto o amor passa, a amizade volta, mesmo depois de ter adormecido um certo tempo."

Já tinha saudades.
Beijinhos e até breve!

Lyra ;)

O Profeta disse...

O tempo corre em sua em sua invisível viagem
Um Santo nunca dorme no altar
Um barco sobe e desce cada onda do Mar
Um cais de partida também acolhe o chegar

São tantos os mistérios que encontrei na vida
Cruzei com gente desconhecida que conhecia bem
Falei e falo com gente que partiu desta vida
Sinto tanto aroma perdido que este tempo guarda e tem

Mágico beijo