Naquela tarde soube que ele seria meu, apenas meu!
O apelo dos corpos sedentos era tão forte que o tempo se calou espantado!
E, nesse silêncio, onde o tempo se escondeu, todo o espaço era feito de paixão!
Tempo e espaço rendidos a dois corpos ínfimos.
Tudo era nada…um momento pleno de vazios absolutos.Só de vazios se pode desenhar o espaço.
Só de vazios se pode preencher o tempo.
Só de vazios se pode criar tudo.
Se eu era o nada e tu tudo…
Tudo recebi para que não fosse nada. E, o meu nada te dei para que o moldasses com o tudo que era teu!
Com tudo, fiquei igual ao tudo que sempre foste
…e não gostei…
Perdi o meu nada vazio, o meu espaço e o meu tempo!
Não era nada, nem tudo
…apenas uma cópia…
E as cópias não têm vida
E as cópias não têm alma!
Soltei-te no teu espaço e no teu tempo, para conquistar o meu vazio
…para me reconquistar!
O apelo dos corpos sedentos era tão forte que o tempo se calou espantado!
E, nesse silêncio, onde o tempo se escondeu, todo o espaço era feito de paixão!
Tempo e espaço rendidos a dois corpos ínfimos.
Tudo era nada…um momento pleno de vazios absolutos.Só de vazios se pode desenhar o espaço.
Só de vazios se pode preencher o tempo.
Só de vazios se pode criar tudo.
Se eu era o nada e tu tudo…
Tudo recebi para que não fosse nada. E, o meu nada te dei para que o moldasses com o tudo que era teu!
Com tudo, fiquei igual ao tudo que sempre foste
…e não gostei…
Perdi o meu nada vazio, o meu espaço e o meu tempo!
Não era nada, nem tudo
…apenas uma cópia…
E as cópias não têm vida
E as cópias não têm alma!
Soltei-te no teu espaço e no teu tempo, para conquistar o meu vazio
…para me reconquistar!
42 comentários:
As cópias têm tão pouca piada... o bom, quando duas pessoas são uma da outra, é irem trocando bocadinhos entre si. Para encher vazios, mas não até cima. Tem de continuar a haver tudos e nadas. Beijinho, Carla, e até breve.
As tuas palavras prendem. Poema triste, mas muito bem elaborado e saído da "alma".
É o "Começar de novo"
Adorei:)
Beijos
Belo e enleante!
hucleberry
a partilha preenche vazios e, em alguns casos faz-nos atingir o climax.
Até breve
Daniel
espero por outras belezas lá nos teus "brincos"
Wind
é preciso que nunca falte a coragem para começar de novo
quando o tempo se cala ouvem-se todos os nossos silêncios
o som da tua pele na minha e o do meu suor no teu
escondidos no tempo, rendidos e entregues um ao outro
o teu corpo quis o meu e o meu, tudo o que o teu deu
Olá Carla, obrigado pela visita, pelas suas palavras.
Gostei do texto e tambem da muito boa fotografia a preto e branco .
Beijos
pin gente
e é desta entrega e deste encontro a dois que se preenche o tempo com gotas de amor
chana
entre a imagem e as palavras perco-me na beleza das duas.
Também gostei muito das suas fotos
Para além da qualidade da escrita, visível neste poema e nos posts anteriores, nesta excelente poesia apreciei particularmente o pragmatismo (frieza aparente) da recusa e o discernimento para o recuo ao teu interior, de modo a poderes reequacionar o que será melhor para ti.
Claro que pode ser ficção, pois não faço ideia se pertences ou não ao clube dos fingidores. Em qualquer caso, a visão do que disse mantém-se.
Bfs, beijinhos.
Nilson
E que visão!
mesmo quando se finge há uma parte de nós que nunca se consegue despir totalmente
Por vezes de vazios é feita a vida.
Por vezes tentamos preenchê-los .
por vezes arranjamos a tal cópia para esconder o âmago.
Adorei o teu poema
Obrigada pela visita e volta sempre
Bom Fim de Semana
Bjgrande
É bom quando conseguimos soltar-nos daquilo que nos acorrenta!
A reconquista do nosso estado de espírito mais perto da verdade que é a nossa essência, cria à nossa volta um outro espaço, e dentro de nós um outro mundo...
O "vazio" é o tudo de que somos feitos.
Conquistar o vazio pode bem ser reencontrarmos o nosso "eu interior"!
Se assim é, a Criação produziu o resultado desejado!
Ninguém é maior nem mais do que outro alguém! Apenas se é diferente! Ninguém é igual a ninguém. Apenas se é diferente. A diferença aceita-se e respeita-se.
E cada um, seguindo curvas ou becos ou outros caminhos, continuará a possuir a verdade que o faz ser diferente, que o faz ser Aquilo que é indestrutível...
Há "Bons" que à primeira vista parecem maus.
Recomeçar é sempre bom, seja no que for, mesmo no amor.
Provoca rejuvenescimento, mesmo que seja para o nosso interior, que esse sim, tem de se manter bem cuidado.
Beijinho Amiga
garçareal
cabe-nos a nós dar sentido a esse vazio, sempre que o conseguirmos
Amaral
somos nós que moldamos o nosso "vazio" e que lhe damos a forma que pretendemos. Uma vezes somos mais felizes do que outras, nessa tarefa
Marta
Temos que ser os nossos construtores e termos a capacidade de gerirmos a nossa vida sem nos esquecermos de nós próprios e das nossas necessidades
Estive a fazer uma retrospectiva pelos posts que escreveste durante estes dias. Só posso afirmar que estás a fazer um trabalho magnífico...
Bjo
P.S. - Esta foto é-me familiar. È no Alentejo,certo?
Lá está... com o teu Nada podes ser Tudo. Aí recomeça a maravilha do deslumbramento. :)
Bjzz do nada
capitão
obrigada pelas palavras.
Quanto à foto acertaste é em Marvão, num dia repleto de chuva e nevoeiro
Kraak
Assim se faz a magia dos sentimentos. Um autêntico carrossel...
Há uma frase minha de há muitos anos e já inserida em vários locais aqui na net que é:
- a minha vida é feita de NADAS, mas NADAS tão cheios de TUDO!
Nas mil formas de amar...quantas vezes desvalorizamos os nadas e lendo o teu poema consigo chegar ao que muitos de nós humanos não fazemos: primeiro aprendermos a gostar de nós próprios (sem castrações) para a partir daí abraçarmos o mundo.
Nunca questiono se é ficção ou real, porque mesmo ficcionado há sempre um pedaço nosso, mas eu, quando leio algo tornado público leio como se fosse meu, para mim e por mim:) daí aprender tanto, mas tanto.
A Marta (ai, ai Marta:)) diz que "é sempre bom recomeçar até no amor" claro que não poderia estar mais de acordo, mas depois de um treino intensivo de anos de...mais uma oportunidade-recomeça-perdoa...perdi os melhores anos da minha vida. O tanas:) e se um dia, quem sabe né? não gostaria de estar na pele do homem que me convencer de novo a recomeçar.
O que disse não é ficção, é a minha verdade sentida e não ligas porque é efeito do sono.
Beijos e está DIVINAL.
Por vezes tentamos preencher o vazio do nosso tempo com o tempo vazio e sem nada de outros, ficando nós ainda mais vazios que o nosso vazio tempo!!
Beijinhos
SOPRO-TE E VOO
A foto é tua? Está fantástica. O vulto a sair do enovoado é digno de um filme de Hitchcock. Excelente!
Nada que nos faça perder a identidade faz sentido!
Fatyly
e como não ligar a palavras sábias feitas de uma vida de experiências.
Há tanta verdade no que disseste
wings
e é nessas alturas que o vazio é tão difícil de suportar, mas vezes há em que o vazio nos deixa uma porta aberta para o (re)construirmos e aí é como uma folha em branco à espera...
mar arável
e que bem que sabe esse sopro com contornos de liberdade
Gonçalo T.Almeida
A foto é minha. Ainda bem que gostaste, principalmente depois de ver as belas fotos que tens no teu espaço
BlackStar
apenas para te dizer que tens razão, em caso algum devemos alienar o nosso ser e/ou o nosso querer.
por exemplo,eu não sei escrever assim :)
lindo,tudo,e tudo!
Beijo
vertigo
claro que sabes escrever assim, basta passar pelo teu cantinho
O vazio também é...
Fantástico.
htsousa
claro que sim...
...por isso é que vale a pena reconquistá-lo
Bonito. Há sempre um nada e um tudo, um nunca e um sempre, um vazio e um cheio... Era suposto completarem-se mas nem sempre acontece. Por vezes, fundem-se e um assimila o outro... E cada um tem que ser algo, a sombra ou "à imagem" não traz felicidade que suporte o resto...
Beijocas
lua de sol
tens razão, a felicidade não se faz à sombra de nada nem de ningém!
beijos
E que bom é sentir esse «reconquistar»... ando a precisar de me reconquistar.
BJS
AJO
Essa reconquista é, na maior parte dos casos, um processo longo e doloroso...mas quando a conseguimos concretizar deixa uma sensação de leveza bastante intensa
Excelente, esta tua "libertação"...
beijo
Maria
é como um sopro que afasta os negros sentires
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