A cadeira de balouço continuava vazia no canto mais quente da sala.
Com o olhar fixo num ponto imaginário da parede branca de recordações ele recuou até um tempo em que os seus traços dourados se confundiam com o trigo maduro dos campos, onde as suas mãos falavam a linguagem eterna dos apaixonados.
Fugiam dos outros para se encontrarem. Fugiam dos seus medos em busca de uma descoberta permanente.
E ela adormecia na dureza do chão, com a água quente do seu olhar a afagar-lhe os sonhos.
Percorria-lhe os gomos do cabelo numa carícia distraída, enquanto os sonhos voavam até ao futuro, naquele tempo em que ela seria sua e com ele aprenderiam uma nova vida. Vida que se entrelaçava entre os dedos que nunca se soltavam.
Ela partilhava o seu silêncio com as palavras que ele não conseguia calar.
O seu olhar sereno era o porto de abrigo, onde ele ancorava sempre que as suas inquietações o levavam a procurar destinos errantes.
Não contavam os anos que estavam juntos, preferiam o sabor das gotas de amor que os alimentava diariamente.
Acreditavam que a felicidade é a conquista de um momento que a aragem brincalhona afastava mas, que a sua teimosia não deixava fugir para sempre.
Completavam-se no puzzle da diferença…
…
As suas mãos tinham delineados traços de história que o baú da memória não queria esquecer, mas uma dia começaram a emagrecer, os ossos sobressaíam e deixavam-no assustado, até ficar cego com o grito de dor que lhe moldou as feições serenas.
-Pouco se pode fazer
Com estas palavras simples, mas cruéis, todo o destino foi reescrito, enquanto assassinada a esperança via as raízes do seu amor serem substituídas por outras fortes, mas malignas que sufocavam a força da vida.
A luta parecia em vão…cada passo de coragem era contraposto por dois de desolação.
O corpo moribundo, a definhar num espaço que não era o dele e que não o deixava viver.
Uma raiva cega impedia-o de pensar, ouvia apenas a sua voz doce, mas firme, apesar de cansada, como se fugisse de um cativeiro distante:
-Só concebo a vida quando vivida em plenitude. Promete-me que nunca me deixarás ser uma sombra de mim mesma…
As palavras viajavam dentro do seu peito, ressoavam na sua cabeça.
Pareciam uma profecia que punha um fim prematuro a uma história cujo fim deveria estar ainda tão distante.
Ele sabia qual era o seu desejo.
-Não sei como me podes pedir isso tão friamente. Só de pensar no que está a dizer sinto calafrios a percorrerem-me todo o corpo. Sabes que nunca poderia fazer isso, és demasiado importante para mim para pensar sequer nessa hipótese.
A conversa tinha começado depois de uma visita à casa abandonada onde se encontravam em tempos que só a memória guardava.
-Só a ti é que podia pedir isso, pois sei o que significamos um para o ouro. Respeito a tua forma de pensar e acredita que nunca irei contra ela, se a vida a isso me obrigar. Mas, peço-te que também respeites a minha…só te peço que nunca me deixes a vegetar. Não há nada que me assuste mais do que ver dias, meses ou mesmo anos impedida de viver, sem consciência de quem sou, sem o uso pleno das minhas capacidades físicas e/ou mentais…em suma sem poder amar, sofrer, sorrir, chorar, pensar. Sabes que para mim a vida tem que ter um sentido, uma razão…
-…mas onde fica a esperança nessa tua decisão!
-Se isso acontecer é porque já não há esperança, ou então ela está tão distante que não chegará a tempo de me salvar.
-E como me podes pedir isso a mim, precisamente a mim, que te amo acima de tudo que tome uma decisão dessas.
-Precisamente por isso, por saber que me amas como amas é que te faço este pedido. Só quem ama com esta intensidade pode fazer o que eu te peço, só o amor te dará essa coragem.
-Isso seria roubar-te de mim e isso nunca o conseguiria fazer
-…e como conseguiria viver com um fantasma do que fui, depois deste pedido. Como conseguirias ver desaparecer o meu sorriso, o meu afago matinal, a minha voz a percorrer o teu ouvido…
-Viveria com a esperança no futuro
-…e quando soubesses que já não haveria futuro
-viveria para ti
-…mesmo se eu não estivesse lá
-continuarias viva
-artificialmente
-Mesmo assim sentiria o teu respirar na palma da mão com que te acariciaria minuto após minuto
-Peço-te que se um dia estiver nessa situação, que não me abandones num mundo sem sentido!
Ele calou-se, não sabia o que lhe dizer. Até nisso eram diferentes e, no entanto, nunca a diferença os tinha afastado.
Sorriu tentando esquecer aquela conversa de loucos
-Que conversa insana. Estamos os dois com imensa saúde, tudo isto não passa de uma ideia absurda…
O olhar dela assustou-o e ainda mais a sua voz…um súplica muda, dorida
-Claro que sim, mas quero que saibas o que eu penso…só em caso de…
Sentiu estremecer o seu corpo, ao som daquele timbre tão diferente daquele que ele conhecia
Nas semanas seguintes tudo se precipitou.
Aquela conversa povoava todos os pesadelos que enegreciam as noites longas na cama vazia.
Assustava-se com a rapidez com que aquele corpo outrora cheio de vida definhava a perdia a razão.
Ela lutava com as suas armas, pois sabia que de pouco lhe valeriam os tratamentos.
Um dia encostou os lábios pálidos de dor ao seu rosto e murmurou, por forma a que só ele ouvisse:
-Não sei viver, quando me roubaram a vida…
E o esforço que fez foi tão grande que lhe faltou a consciência para ver o mar de lágrimas que inundou os seus olhos cansados.
Sentou-se no chão com o peso de um mundo de dor a vergar-lhe as costas.
Os médicos diziam-lhe que podia ser que com o novo tratamento ela conseguisse sair do sono profundo em que tinha mergulhado.
Ele sentia-se egoísta na sua dor. Ouvia a sua súplica durante o dia, inundava-se nela durante a noite…e recusava-se a acreditar que o fim tinha chegado.
Um dia pegou no seu diário, estrategicamente colocado na gaveta das suas camisas. Aquele diário que ela escondia e com que o provocava. Tinha uma frase apenas:
-Só posso confiar em ti, só o teu amor me pode salvar.
Nunca duvidou daquilo que ela pretendia, aquela frase apenas reforçou a ideia de que ela pressentiu o que lhe aconteceu.
Naquela noite o ar estava denso como o seu olhar embaciado, a tempestade que se anunciava no horizonte adequava-se ao tumulto que vivia dentro de si.
Olhou aquele rosto de estranha dor e beijou-a dando-lhe um sopro de vida que seria o seu companheiro nos próximos tempos.
…e deitou-se ao seu lado ocupando o espaço que a extrema magreza tinha deixado vazio.
Com o olhar fixo num ponto imaginário da parede branca de recordações ele recuou até um tempo em que os seus traços dourados se confundiam com o trigo maduro dos campos, onde as suas mãos falavam a linguagem eterna dos apaixonados.
Fugiam dos outros para se encontrarem. Fugiam dos seus medos em busca de uma descoberta permanente.
E ela adormecia na dureza do chão, com a água quente do seu olhar a afagar-lhe os sonhos.
Percorria-lhe os gomos do cabelo numa carícia distraída, enquanto os sonhos voavam até ao futuro, naquele tempo em que ela seria sua e com ele aprenderiam uma nova vida. Vida que se entrelaçava entre os dedos que nunca se soltavam.
Ela partilhava o seu silêncio com as palavras que ele não conseguia calar.
O seu olhar sereno era o porto de abrigo, onde ele ancorava sempre que as suas inquietações o levavam a procurar destinos errantes.
Não contavam os anos que estavam juntos, preferiam o sabor das gotas de amor que os alimentava diariamente.
Acreditavam que a felicidade é a conquista de um momento que a aragem brincalhona afastava mas, que a sua teimosia não deixava fugir para sempre.
Completavam-se no puzzle da diferença…
…
As suas mãos tinham delineados traços de história que o baú da memória não queria esquecer, mas uma dia começaram a emagrecer, os ossos sobressaíam e deixavam-no assustado, até ficar cego com o grito de dor que lhe moldou as feições serenas.
-Pouco se pode fazer
Com estas palavras simples, mas cruéis, todo o destino foi reescrito, enquanto assassinada a esperança via as raízes do seu amor serem substituídas por outras fortes, mas malignas que sufocavam a força da vida.
A luta parecia em vão…cada passo de coragem era contraposto por dois de desolação.
O corpo moribundo, a definhar num espaço que não era o dele e que não o deixava viver.
Uma raiva cega impedia-o de pensar, ouvia apenas a sua voz doce, mas firme, apesar de cansada, como se fugisse de um cativeiro distante:
-Só concebo a vida quando vivida em plenitude. Promete-me que nunca me deixarás ser uma sombra de mim mesma…
As palavras viajavam dentro do seu peito, ressoavam na sua cabeça.
Pareciam uma profecia que punha um fim prematuro a uma história cujo fim deveria estar ainda tão distante.
Ele sabia qual era o seu desejo.
-Não sei como me podes pedir isso tão friamente. Só de pensar no que está a dizer sinto calafrios a percorrerem-me todo o corpo. Sabes que nunca poderia fazer isso, és demasiado importante para mim para pensar sequer nessa hipótese.
A conversa tinha começado depois de uma visita à casa abandonada onde se encontravam em tempos que só a memória guardava.
-Só a ti é que podia pedir isso, pois sei o que significamos um para o ouro. Respeito a tua forma de pensar e acredita que nunca irei contra ela, se a vida a isso me obrigar. Mas, peço-te que também respeites a minha…só te peço que nunca me deixes a vegetar. Não há nada que me assuste mais do que ver dias, meses ou mesmo anos impedida de viver, sem consciência de quem sou, sem o uso pleno das minhas capacidades físicas e/ou mentais…em suma sem poder amar, sofrer, sorrir, chorar, pensar. Sabes que para mim a vida tem que ter um sentido, uma razão…
-…mas onde fica a esperança nessa tua decisão!
-Se isso acontecer é porque já não há esperança, ou então ela está tão distante que não chegará a tempo de me salvar.
-E como me podes pedir isso a mim, precisamente a mim, que te amo acima de tudo que tome uma decisão dessas.
-Precisamente por isso, por saber que me amas como amas é que te faço este pedido. Só quem ama com esta intensidade pode fazer o que eu te peço, só o amor te dará essa coragem.
-Isso seria roubar-te de mim e isso nunca o conseguiria fazer
-…e como conseguiria viver com um fantasma do que fui, depois deste pedido. Como conseguirias ver desaparecer o meu sorriso, o meu afago matinal, a minha voz a percorrer o teu ouvido…
-Viveria com a esperança no futuro
-…e quando soubesses que já não haveria futuro
-viveria para ti
-…mesmo se eu não estivesse lá
-continuarias viva
-artificialmente
-Mesmo assim sentiria o teu respirar na palma da mão com que te acariciaria minuto após minuto
-Peço-te que se um dia estiver nessa situação, que não me abandones num mundo sem sentido!
Ele calou-se, não sabia o que lhe dizer. Até nisso eram diferentes e, no entanto, nunca a diferença os tinha afastado.
Sorriu tentando esquecer aquela conversa de loucos
-Que conversa insana. Estamos os dois com imensa saúde, tudo isto não passa de uma ideia absurda…
O olhar dela assustou-o e ainda mais a sua voz…um súplica muda, dorida
-Claro que sim, mas quero que saibas o que eu penso…só em caso de…
Sentiu estremecer o seu corpo, ao som daquele timbre tão diferente daquele que ele conhecia
Nas semanas seguintes tudo se precipitou.
Aquela conversa povoava todos os pesadelos que enegreciam as noites longas na cama vazia.
Assustava-se com a rapidez com que aquele corpo outrora cheio de vida definhava a perdia a razão.
Ela lutava com as suas armas, pois sabia que de pouco lhe valeriam os tratamentos.
Um dia encostou os lábios pálidos de dor ao seu rosto e murmurou, por forma a que só ele ouvisse:
-Não sei viver, quando me roubaram a vida…
E o esforço que fez foi tão grande que lhe faltou a consciência para ver o mar de lágrimas que inundou os seus olhos cansados.
Sentou-se no chão com o peso de um mundo de dor a vergar-lhe as costas.
Os médicos diziam-lhe que podia ser que com o novo tratamento ela conseguisse sair do sono profundo em que tinha mergulhado.
Ele sentia-se egoísta na sua dor. Ouvia a sua súplica durante o dia, inundava-se nela durante a noite…e recusava-se a acreditar que o fim tinha chegado.
Um dia pegou no seu diário, estrategicamente colocado na gaveta das suas camisas. Aquele diário que ela escondia e com que o provocava. Tinha uma frase apenas:
-Só posso confiar em ti, só o teu amor me pode salvar.
Nunca duvidou daquilo que ela pretendia, aquela frase apenas reforçou a ideia de que ela pressentiu o que lhe aconteceu.
Naquela noite o ar estava denso como o seu olhar embaciado, a tempestade que se anunciava no horizonte adequava-se ao tumulto que vivia dentro de si.
Olhou aquele rosto de estranha dor e beijou-a dando-lhe um sopro de vida que seria o seu companheiro nos próximos tempos.
…e deitou-se ao seu lado ocupando o espaço que a extrema magreza tinha deixado vazio.
87 comentários:
Porventura...
'Se toda a vida é um pranto,
se acaba só na morte o seu tormento...
de que serve o viver, se custa tanto?...'
mas...
é ou não verdade que as rosas mais bonitas, aquelas vermelhas cor de sangue, parecem terem-se ferido nos próprios espinhos?...
abraços!
Muito bem escrito este texto.
Tens um lapso aqui nets frase:
-Só a ti é que podia pedir isso, pois sei o que significamos um para o ouro. (deve ser outro).
tudo o mais está muito bom...
um abraço
tinta permanente
o sofrimento para além da dor em si também é, muitas vezes, fonte de conhecimento
Piedade
Obrigada pelo olhar atento, é outro sim senhor
Confesso que a intensidade do texto me tolheu as palavras! Concordo com a Carla quando diz que “o sofrimento para além da dor em si também é, muitas vezes, fonte de conhecimento”... Atrevo-me até a dizer que é sempre uma fonte de conhecimento, ajuda-nos sobretudo a saber gerir as nossas emoções. Parabéns por mais um texto fantástico. Beijinho
Palavras sem desalinho, num intenso desalinho...
Beijos*
tanto de mim
obrigada. Este foi um texto dorido, até porque me fez lembrar algumas coisas tristes e provocou-me imensas dúvidas...acabou por ficar assim!
Beijinhos
Maria P.
mais do que desalinho de palavras, há um intenso desalinhod e sentimentos
beijos desalinhados
egoisticamente preferimos não ver os nossos partir apesar da dor... é em nós que pensamos... na falta... na ausência... na saudade...
um amor bonito neste teu texto igualmente bonito. um pouquinho de mim...
beijo
luísa
Numa simples palavra "Brilhante"...
Uma Grande Chama para ti... Cara
Olá Carla
Este é um assunto bem interessante, mais uma vez tabu, na sociedade.
Eu penso o mesmo que ela.
J
á foi falado cá em casa, com os meus filhos e o meu marido.
Não quero vegetar, mas se puder serei mais afirmativa e serei eu a acabar comigo.
Eles, eles estão proibidos de me deixarem vegetar.
Posso pegar neste tema no Claras, para a semana que vem?
Dizendo que vem de ti, evidentemente, e linkando o post.
Beijo Amiga, por tudo o que isto pressupõe.
Emocionante história.
Beijos
Grato por este excelente momento de leitura!
Um relato do historial da vida fascinante e marcante pelo decorrer dos tempos. As etapas da existência. O desenrolar de duas presenças indissolúveis, mas que, como tudo, perecem sentimentos, emoções, partilhas belas durante imenso tempo que não volta atrás.
O soçobrar. O renascer. O amor consolidado e existente. Um pedido final. A morte.
Tudo nasce e morre. A vida é assim e não se-lhe pode fugir.
Admirável. Profundo e sentido.
Aqui não perco tempo, aqui dá-me o deslumbre de vidas que preenchem e encaram o sofrimento, a dor, a ternura, o carinho, o amor, a morte.
Parabéns! A vida é mesmo assim, como narra, com este realismo e de forma exaustiva desde o nascimento até ao fim. Onde tudo termina.
Sempre a tê-la na maior estima e a lê-la atentamente
Beijinhos que sentem amizade pura e sincera
pena
Olá, belo texto
Beijos
Olá Carla, passei para deixar-te um beijinho de boa noite.
Fernandinha
Um texto muito dorido, demasiado dorido, intensamente dorido....
Abraço-te
Carla,
Disseram antes de mim: é na dor que mais sobressaem os cânticos da alma. Quando ela atinge as profundezas do ser, faz de lá saírem os gritos eloqüentes.
E que sem ela, a (dor) não pode haver virtude completa, nem glória imperecível.E que é necessário sofrer para adquirir e conquistar que a possibilidade de vida ser um valor moral absoluto só ocorreria se a vida nunca entrasse em conflito com a dor.
Aplausos pelo texto vui!
(a)braços e flores :)
Luísa
tens razão, claro, mas a minha dúvida é até que ponto é que esse egoísmo é justificável
beijos
Marta
Penso exactamente como tu. Confesso que a morte não me assusta minimamente, mas vegetar...não me consigo imaginar com a vida adiada "sine die"!
Claro que se puder decidir em consciência sei o que fazer, o meu problema é, se por algum motivo não tiver esse discernimento. Será justo pedir a alguém que o faça? E esse alguém terá coragem para o fazer?
A vida é mesmo complicada!!!
Marta, usa e abusa. Terei todo o gosto em que abordes este tema no teu "Claras", acho que deve ser discutido em liberdade, porque uma coisa é o que a lei diz outra coisa somos nós e os nossos sentimentos.
Um beijo grande e obrigada por conseguires entender os meus desalinhos
Wind
emoções (tristes) que a vida proporciona
beijos
Se sinto dor logo existo. Se não sinto nada, se não penso, não existo. Para mim o objectivo da vida é recolher o máximo de informação possível, sentir o máximo de sensações e experiências possíveis. A dor é uma delas. Infelizmente ficamos todos a meio caminho pois nunca conseguimos experienciar tudo (nem uma pequena parte). Mas o que interessa é tentar sempre enquanto cá andamos.
Pena
é exactamente assim que eu sinto que a vida deve ser vivida - em plenitude.
Dizer ainda que gosto muito dos seus comentários, sinto que eles "entendem" os meus textos.
Obrigado pela presença
fernandinha
obrigada e deixo um de bom dia
o renascer da fénix
que a chama nunca se apague
capitão
feliz por ter proporcionado esse bom momento e que esse prazer se prolongue por outros textos
beijos e bom fim de semana
Chana
obrigada
bm fim de semana
Maria
a dor é um sentimento muito intenso
Obrigada e beijos
lampejo
a vida entra tantas vezes em conflito com a dor, porque é parte integrante dela. Como tens razão quando dizes que é "na dor que mais sobressaem os cânticos da alma".
beijos floridos
Gonçalo t. Almeida
entre tentativas, frustrações e sucesso vamos percorrendo os trilhos da vida
obrigada
Passando e lendo...desejo um bom fds.
Abraço
fotógrafa
um bom fds para ti
obrigada pela visita
Mais uma vez aqui me encontro a contemplar as tuas palavras... estas q transmitem tanto que nem conigo explicar.... obrigada....
dragonfly
é bom quando as palavras conseguem falar sobre sentimentos
bom fim de semana amiga
Carla!
Arrepiei-me perante esta realidade que pode acontecer a qualquer um de nós!:(
Acredita que é o que mais me mete medo..não a morte em si..mas o sofrimento..a agonia..o ter que viver mesmo que morta para a VIDA...ainda que o coração continue a bater!!
Para o outro lado...a quem se pede algo assim...deve ser um sofrimento sem fim...mas só quem ama verdadeiramente sabe que só quem nos ama o poderá fazer!!
Muito bem escrito....
Muitos beijinhos
Cleo
Cleo
é mesmo assim, só quem ama consegue superar esta realidade, apesar de todo o sofrimento que ela pode suscitar
beijos e bom fim de semana
Enfim... O verdadeiro Amor, aquele que fica bem mais acima da estética dos olhares... e mais profundo que o âmago do mundo...
Não é só texto que é bonito...
bjs
um texto fantástico! parabéns!
Mais um belo texto... só mesmo da Sofia.
BJS e bom fim de semana
ainda não consigo lidar com a idéia da morte
daqueles que me deixam cada vez mais só
dos que partem sem avisar
texto sofrido dorido parido com dor
tal como deve ser o da morte.
Carla! Seu conto, apesar de triste é lindo, maravilhoso! Só o amor é capaz de entender e fazer coisas que Deus duvida.
Bom fim de semana!
Beijos
oi amiga
venho aqui para lhe informar que coloquei as minhas "confidencias" em off,porque haviam pessoas que estavam copiando os meus textos e o conteudo.
adoraria ter vc novamente nas minhas confidencias,por isso se voce pudesse me dar o seu email,convidaria vc para continuar nos vendo
um bjo e obrigada
Carla
Agradeço a visita.
Deixo aqui estas perguntas:
Quem é o homem? Porque este "pequeno sopro" sente-se dono da vida e da morte? Quem é o homem para decidir o que deve ou não deve passar? Quem é o homem para decidir qual seu tempo?!...
Ó pequeno ser sem força e sem entendimento! Pq te julgas superior à Força que te criou?
Ninguém quer viver em estado vegetativo... mas ó tu que não queres viver ou ver..., sabes se a tua salvação, a tua grande oportunidade de estar pronto para a grande viagem, para o GRANDE ENCONTRO, precisa passar por este tempo, por este estado?
Nada somos. Somos sopro. Deixemos, então, que ELE decida. E, ao contrário de agirmos contra ELE, vamos orar para que ELE abrevie nosso sofrimento ou o sofrimento de quem amamos. È o bastante!
Deus os abençoe.
Miriam
Bonito e envolvente, falando de companheirismo, amor, e tempo...nada facil para muitos, mas eterno quando se sabe fazer...
Lnda mais uma vez passo para me deiciar com que escreves, realmente muito ecantador!
Tei deixo um grande abraço e um volte sempre!
Gostei muito deste texto e do blog. Vou voltar de certeza.
Maravilhosamente explanado este interessante texto. A dor e o sofrimento por vezes são chagas que nos ajudam a curar outras feridas.
Fique bem e desejo-lhe um Bom Fim de Semana.
Olá Carla
Escreves muito bem!
É um texto que nos agarra, agarra por dentro e dá um aperto bem lá no fundo.
Deixo um abraço
Li, reli, pensei, levantei-me, bebi água para conseguir comentar, porque deixei de ver as teclas.
Identifiquei-me em muitas coisas, talvez por ter vivido muito de perto três situações parecidas. Também não tenho medo nenhum da morte, mas vegetar? não quero e como dizes num dos comentários: dar essa responsabilidade a alguém é obra!
Depois falarmos é fácil, mas perante o obstáculo é sempre muito diferente para não dizer cruel demais.
Entre nós muitas vezes falamos disso e pedimos o mesmo uns aos outros, mas acho que seria muito mais fácil ser decidido num hospital, a pedido do doente ou do familiar que sempre o ouviu pedir isso.
Adorei o texto onde abordas um assunto que fará correr muita tinta.
Parabéns!
Beijocas
Rocket
a força do amor pode transformar as coisas
bom fim de semana
Carla,
Gostei muito da tua visita e espero que voltes sempre que o desejares. Eu vou linkar-te desde já...
Perturbou-me este teu post. Porque está muito bem escrito e toca num tema muito actual e ao mesmo tempo fracturante. É um assunto sobre o qual tenho uma posição tomada, mas... quem sabe o que pensaremos em situações limite? Pensaremos o mesmo? Essa é a minha incógnita? Temos o direito de passar para outrem essa responsabilidade?
E neste teu texto encontro as mesmas interrogações.
Parabéns. Um abraço
Noivo
uma realidade que me faz pensar...
AJO
bom fim de semana
ivone
a morte é solidão...
...vazio absoluto
...buraco negro infinito
beijos
Olhos de mel
há coisas que estão nas nossas mãos, para outras precisamos de "mãos" fortes e amigas...quase nunca é fácil amar!
beijos
poeta_silente
de facto, nada somos, apenas esse pequeno sopro, mas teremos ou não esse direito nde decidir, em consciência o que fazer desse pequeno sopro?
O que eu acho é que neste domínio não há verdades absolutas, nem certezas qe sirvam todas essas verdades
Beijos Miriam
Pepe Luigi
e quando esse sofrimento não tem fim...e quando essa dor se torna insuportável, será legítimo a sua manutenção? Até one vai o nosso direito à VIDA?
bom fim de semana e obrigada pela visita
Fatyly
as tuas palavras são as minhas.
A primeira viz que tive consciência de que a morte existia e de que podia ser deveras dolorosa foi com duas das pessoas que mais amei neste mundo. Vi como a doença podia destruir a vida, a esperança e a alegria dessas mesmas pessoas...e tão mau como tudo isso era a impotência de quem as vias reduzidas ao sofrimento. E se há quem lute e acredite no tal "milagre", há quem sabe que ele não vai acontecer. Por que não dar oportunidade de escolha, sempre que ela for possível e, claro, num hospital onde as condições seriam mais humanas. E não me venham com a velha máxima que os hospitais são espaços de vida, todos sabemos que são inúmeras as vezes que isso não acontece.
Beijo lindo e bom fim de semana
Meg obrigada pelas tuas palavras.
quando decidi abordar este tema sabia que basicamente o que existia eram apenas interrogações. Eu tenho aminha decisão sobre esta matéria, dificilmente posso afirmar que ela é a mais correcta, posso apenas afirmar que é a minha decisão. Agora o que lamento verdadeiramente é que este continue a ser um tema tabú, provavelmente por critérios religiosos/ideológicos que não permitem o seu debate livre.
Assim sendo como poderemos encontrar resposta para essas interrogações, se é que essas respostas existem.
Beijos
Liz
sentimentos lindos, mas difíceis
bom fim de semana
Lueji
a porta estará sempre aberta
rui
a ideia foi um pouco essa:
...abanar, sem ferir
...obrigar a sentir
se o consegui fico feliz
obrigada pelas tuas palavras e volta sempre
Tais palavras causaram-me um confronto esplendido, ao colidirem com meus pensamentos.
Tu és uma pessoa que escreve como um perfume adocicado. Quando esse passa varado pelo ar atordoado olfato de outro. Suas palavras são dignas de serem louvadas.
Tudo de bom!
Um texto que vale a pena ler. Um bom fim de semana.
Olá uma vez me foi dito : " nós nascemos e a coisa + certa que temos é a morte , mas n sabemos quando e como ."É assim a lei da vida esperamos não sofrer nem fazer os outros sofrerem .
Bom fim de semana beijos doces:)
Grata pela visita no meu humilde espaço!
Dando- me a oportunidade de ler um texto magnifico... apesar de dorido e sofrido.
Ainda o vou reler...
Os meus Parabens por tão boa escrita!
Uma bom inicio de semana.
Bj
Rey
entendo que esta é uma matéria que suscita diferentes opiniões, por isso acho importante que se fale nela e se apresentem as diferentes perspectivas.
Obrigada pelas tuas palavras
Rui Caetano
Ainda bem
boa semana
anjo
essa é uma verdade irrefutável, mas quando se toma uma decisão sobre a nossa vida, num caso extremo não queremos ser Deus, ou a qualquer outra entidade, o único objectivo é decidir como queremos viver a vida, face a uma realidade que se apresenta como definitiva.
boa semana
ecos
a morte é quase sempre dor
boa semana
O sofrimento é SEMPRE fonte de aprendizagem, não concordas, Carla?
Abraço
P.S. Tomei a liberdade de te linkar. Espero que não te importes
Carla,
Este texto é muito profundo, e está escrito de uma forma bela. O tema é bem polémico, mas também muito real. Eu em situação identica era capaz de fazer exactamente o mesmo pedido, porque como dizes em determinda parte do texto: "felicidade é a conquista de um momento". Eu concordo inteiramente, e para viver, tenho que sentir a capacidade em mim mesmo de viver todos os momentos com total plenitude, sejam eles bons ou maus momentos.
Bjs.
eu também não consigo imaginar-me na escuridão de um tempo que não conheço nem posso, de alguma forma, controlar...
nãome consigo imaginar sem um sorriso, sem vontade por lutar pelos meus sonhos... e permanecer assim perdida...
por isso pedi a mesma coisa a alguém....
talvez a única pessoa a quem o poderia pedir...
mas sei o que pedi... e o que custará no momento de cumprir a promessa...
um beijo doce
Interessante abordagem ao tema quer na forma quer no conteúdo.
Gostei de te ler. Eu não tenho dúvidas do que quero da minha vida e não me faz confusão pensar na "minha" morte. Éa dos que amo que me peocupa ..
Bonitoo texto, deixatransparecer a pessoa de sentimentos que deves ser.
Um beijo
Nem te passa, Carla, o quanto me tocou este texto.
Aliás, deixou de ser texto.
De repente revi alguém.
Tão real!
Incrível, sabes?
Esta noite tive um pesadelo que me deixou tão abalada todo o dia!
Nunca havia sonhado com o meu pai, desde que ele faleceu, mas hoje, sonhei.
Foi terrível!
Por isso é que deixei de ler e foi como se fizesse parte da história! Consegui desmoronar o pesadelo que tive.
Obrigada!
Quanto à forma como escreves, é simplesmente, sublime!
Não te consigo dizer mais nada.
Tenho a certeza que me entendes, Querida.
Uma noite serena.
Beijo
Spectrum
claro que concordo, plenamente...a vida ensina-nos isso mesmo.
beijos
Spectrum
claro que não, obrigada
Art of love
faço minhas a tuas palavras, até porque de outra forma a vida não faz sentido
beijos
Gi
compreendo-te perfeitamente, porque a minha morte também não me assusta, custa-me pensar no desaparecimento daqueles que amo...a vida é bem complexa!
beijos e obrigada
luana
é mesmo isso que eu penso, por isso é que acho que deveria haver alguma forma de podermos em consciência e enquanto a vida nos permitisse decidir o que pretendemos, sem termos que sobrecarregar alguém que nos ama ou que amamos com esse fardo
Infelizmente há falsos moralismos em toda esta situação!
beijos e obrigada
Cris
acredita que entendo e fico tão contente, por de alguma forma ter conseguido ir de encontro aos teus sentimentos.
Não preciso de te dizer o quanto as tuas palavras me emocionam
obrigada
Escrevi um conto que reflecte o mesmo tema...Ainda não o publiquei.
Está lindíssimo, Carla!
"Como conseguirias ver desaparecer o meu sorriso, o meu afago matinal, a minha voz a percorrer o teu ouvido…".
Afinal onde pode acabar a vida?! A fronteira, por vezes, é ténue...
Beijocas
Lua de sol
fico à espera do teu conto, porque de facto a fronteira entre a vida e a morte é tão ténue que dificilmente a conseguimos estabelecer
Onde acaba a vida? E o que é viver? Será que se é apenas uma sombra do que se era?
Qualquer opinião a priori não passa disso mesmo. E, neste assunto, todos nós falamos sem conhecimento de causa. Mas, neste caso, não sabemos a opinião de quem lá está, de quem vive, ou sobrevive?, a situação.
À partida, concordo com ele. Enquanto há vida, há VIDA, e não devemos desistir dela. Mas não me cabe a mim decidir por ninguém.
E só faz sentido amar aquilo que é livre para decidir, viver... ou não viver.
Beijos.
PS - texto brilhante.
Quantas vezes mudamos de opinião quando efectivamente passamos pelas coisas? Isto relativiza imediatamente qualquer opinião que se tenha à priori.
Teoricamente, concordo com ele. Enquanto há vida, há VIDA, e não se deve desistir. Mas onde acaba essa vida? Onde está ela?
Cada um terá a sua resposta. Como disse, à partida, sei de que lado estou. Mas, no amor, dá-se espaço para o outro ser quem é. E respeita-se as decisões...
Texto brilhante!
Beijinho
htsousa
obrigada, embora esteja do outro lado...mas é como dizes só passando pelos factos é que sabemos que reacção teremos.
É doloroso pensar nesta situação, por tudo o que ela implica, a mim ela assusta-me verdadeiramente, muito mais do que a morte propriamente dita!
beijokas
Cheguei aqui agora e estou encantada com este espaço...
Li um pouco , não tudo ,mas voltarei com toda a certeza .
Muitos Parabéns , este espaço é fantástico:)
(*)
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